Portugal classifica-se para a Copa do Mundo de 2026 com vitória esmagadora de 9-1 sobre a Armênia

Portugal garantiu sua vaga na Copa do Mundo de 2026 com uma performance histórica: 9-1 sobre a Armênia, em casa, no Estádio do Dragão, em Porto, no domingo, 16 de novembro de 2025. O resultado não apenas selou a classificação direta — sem precisar de playoffs —, mas também quebrou recorde como uma das maiores goleadas da história das eliminatórias europeias. E o mais surpreendente? Tudo isso sem Cristiano Ronaldo, que ficou de fora por decisão técnica. A equipe, sem seu ídolo, jogou como se tivesse o dobro de força. E não foi só vitória: foi espetáculo.

Uma noite de estrelas sem o rei

A ausência de Ronaldo, que soma 135 gols pela seleção, poderia ter gerado dúvidas. Mas o que se viu foi a emergência de uma nova geração. João Neves, meio-campista do São Paulo, foi o herói da noite: hat-trick, com gols nos 28º, 51º e 78º minutos. O primeiro veio após um cruzamento de Bruno Fernandes, o segundo após uma arrancada solitária de 30 metros, e o terceiro, um chute de fora da área que quase arrancou a rede. Mas não foi só ele. O próprio Fernandes, atuando como capitão em campo, marcou duas vezes da marca de pênalti — uma aos 34’, outra aos 69’ — e ainda criou outras três chances claras. Aos 7’, ele abriu o placar com um livre direto perfeito, que desviou na barreira e enfiou no canto superior. O público, que já vibrava com a classificação próxima, explodiu como se já fosse campeão.

Armênia tentou, mas não resistiu

A Armênia, comandada pelo técnico Vardan Minasyan, entrou com intenção de surpreender. E conseguiu, por alguns minutos. Aos 23’, Yura Spertsyan descontou com um cabeceio após escanteio mal defendido. Foi o único momento de esperança para os armênios — e o único gol da partida. Depois disso, a pressão portuguesa foi implacável. O técnico da seleção portuguesa, ainda não confirmado oficialmente como presente no banco, parece ter optado por uma estratégia de pressão alta e transições rápidas. Bernardo Silva e Gonçalo Ramos foram os principais artífices da movimentação ofensiva. Ramos, que não marcou, mas foi decisivo na criação, quase fez o gol da noite aos 82’, mas seu chute foi desviado por um zagueiro. O nono gol, aos 89’, veio de Carlos Forbes, que recebeu de Fernandes, driblou dois defensores e finalizou com frieza. Foi o nono gol de nove jogadores diferentes — um recorde nas eliminatórias da UEFA.

Um recorde que vai além do placar

Essa foi a sétima classificação consecutiva de Portugal para uma Copa do Mundo — desde a de 2002, na Coreia e Japão. Ninguém na Europa fez isso. A Alemanha e a Itália caíram em algum momento. A França, em 2018, quase perdeu. Portugal, porém, mantém uma consistência quase mecânica. E isso não é sorte. É estrutura. A Federação Portuguesa de Futebol, sediada em Lisboa, investiu pesado em categorias de base desde 2015. Resultado: 12 jogadores titulares nessa partida nasceram depois de 1995. A média de idade do time? 24,3 anos. Isso explica por que a equipe jogou com tanta velocidade, sem medo. O técnico, que ainda não foi oficialmente confirmado como presente no estádio, deve ter sido Roberto Martínez, que assumiu o cargo em 2024 após a saída de Fernando Santos. Ele já vinha testando esse novo modelo há meses.

O que isso muda para a Copa do Mundo?

A Copa do Mundo de 2026 será a primeira com 48 equipes. Portugal, como cabeça de chave do Grupo H, provavelmente enfrentará seleções como Uruguai, Coreia do Sul e uma equipe africana. O desafio não será apenas técnico, mas físico: os jogos serão disputados em três países — Canadá, México e Estados Unidos — com viagens de até 8.000 km entre as sedes. A seleção portuguesa já começou a planejar acampamentos na Flórida e no Arizona para se adaptar aos fusos e climas. Ainda não há definição de elenco final, mas os nomes que brilharam contra a Armênia — João Neves, Bruno Fernandes, Bernardo Silva — são os mais prováveis de liderar o time. A ausência de Ronaldo não pesa mais. A nova geração já está pronta.

As reações e o futuro

A festa em Porto durou até a madrugada. Torcedores desfilaram com bandeiras, cantaram hinos antigos e novos. Nas redes sociais, a hashtag #Portugal2026 foi tendência mundial por 14 horas. A UEFA, sediada em Nyon, elogiou o "espectáculo de futebol ofensivo". Já a Football Federation of Armenia, em Erevan, admitiu que "a equipe portuguesa estava em outro nível". O técnico armênio, Vardan Minasyan, disse em coletiva: "Não foi falta de esforço. Foi uma seleção que jogou como se fosse a final da Europa. Nós só tentamos sobreviver." A próxima partida da seleção portuguesa será um amistoso em março de 2026, contra a Bélgica, em Bruxelas. Mas o foco já está em junho. O torneio começa em 11 de junho. E Portugal quer mais que um título: quer provar que, mesmo sem Ronaldo, ainda é a melhor equipe da Europa.